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Moana e a dimensão arquetípica da Psique

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Muitos indivíduos já viveram a experiência de terem pais amorosos e presentes, mas preocupados. Preocupados em evitar que seus os filhos sofram daquilo que um dia eles ou os seus ancestrais padeceram. Portanto transmitem inconscientemente um mito familiar que será passado de geração a geração, minando a força vital dos envolvidos, até que algum membro da família seja capaz de quebrar o elo da corrente. No caso de Moana, tal mito transgeracional fere o cerne de sua alma. Ela possui um espírito heróico e aventureiro, representado pela figura anímica do semi-deus Maui, que simbolicamente foi lançado ao mar - o inconsciente - pela dificuldade de acolhimento e aceitação de sua família à essa característica de sua personalidade. Resulta que Maui perde o seu poder enquanto figura interior na psique de Moana. Ela precisa resgatar seu Animus e recuperar seu poder, simbolizado pelo anzol. O arquétipo da mãe terrível, aqui representado por Te Ka, se constela na psique do indivíduo

Quando adoecemos de nossas emoções

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Diante de uma dor de cabeça, uma ulcera no estômago, um problema na coluna ou uma doença de pele, ninguém hesita em buscar um médico especialista. O que as pessoas não sabem é que estas mesmas condições podem ser fruto de dificuldades psicológicas que por falta de consciência do indivíduo são simbolizadas no corpo.   O ramo da psicologia que estuda a manifestação de doenças físicas como consequência de estados psicológicos não elaborados se chama Psicossomática. Sempre que você vai ao médico e ele diz que a causa de sua condição é o estresse, indiretamente ele está dizendo que você desenvolveu um adoecimento físico por conta de problemas emocionais, portanto você foi acometido por uma doença psicossomática. A Psicossomática estuda a gênese inconsciente das enfermidades, a relação mente-corpo e os mecanismos de produção destas. Desta forma, quando um indivíduo toma uma medicação a fim de tratar uma doença psicossomática, ele está apenas cuidando do sintoma e não da causa d

Por que (não) fazer psicoterapia?

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Diante de uma doença física ninguém reluta em procurar um profissional especializado. Contudo, o mesmo nem sempre acontece quando a dificuldade se trata de um problema emocional. Por preconceito ou desconhecimento, algumas pessoas rejeitam os processos de psicoterapia. Vejamos alguns dos motivos pelos quais as pessoas se recusam a procurar um psicólogo. 1-Eu não sou louco (a)! Na verdade, psicólogos e psiquiatras não tratam apenas de pacientes psicóticos - vulgarmente chamados de “loucos” - que são aqueles indivíduos que perdem o contato com a realidade externa, não sabendo distinguir entre o mundo interior e o mundo exterior. Os psicoterapeutas também trabalham com neuróticos, que são as ditas “pessoas normais”, que possuem conflitos internos ou de adaptação que lhe causam sofrimento psíquico. A neurose, nada mais é que uma tentativa malograda de adaptação. Pacientes neuróticos podem se beneficiar grandemente de processos psicoterapêuticos. Além disso, a psicoterapia t

Um pai teve uma ideia muito inteligente para lidar com as dificuldades de alimentação do seu filho.

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  As recusas alimentares das crianças podem se atribuídas à diversos fatores. Dentre os fatores psicológicos podemos ressaltar o instinto natural de proteção contra o envenenamento, o que justifica a maior aceitação de alimentos adocicados e a maior recusa de alimentos amargos e de coloração verde.   A recusa na recepção e na disposição em experimentar o novo também pode denotar uma certa falta de abertura para novas experiências na vida como um todo e a necessidade de garantia de segurança, principalmente quando a situação se mantém ainda na vida adulta.   Segundo o relato dos pais, Gabriel desenvolveu ainda bebê uma séria alergia alimentar que exigiu que eles restringissem severamente a variedade de alimentos que ele experimentava. Sabemos da importância da apresentação de diferentes alimentos nos primeiros anos de vida para a abertura do paladar e a consequente disposição para uma alimentação mais variada nos anos posteriores.   A restrição alimentar e a recusa em experime